Eu fiquei assim por conta de um número na balança e também da TPM, claro, mas eu fiquei assim. E daí lembrei do vídeo que tá todo mundo vendo/falando do Dove, da real beleza e como nos vemos, eu achei tudo uma merda. O vídeo que ontem me pareceu muito bonito, hoje me pareceu ladainha de gente metida a feliz e magra, coisa que não sou. O vídeo não me representa, porque lá as mulheres são bonitas, apenas se acham feias. Eu não, sou feia e me vejo assim, com toda realidade possível.
Coisa feia meu pensamento, né? Eu achei, passado um pouco da manhã eu fiquei com vergonha de ter me sentido assim, afinal, a gente vive aí, batendo no peito do amor próprio, do autorrespeito e aceitação das diferenças, mas percebe que no dia-a-dia são dois pesos, duas medidas. Eu aceito as diferenças dos outros, mas as minhas eu condeno. É coisa feia fazer isso, mas ninguém tá imune de cair nesse lance da cobrança da imagem, de querer ser linda conforme o padrão vigente da época e toda essa merda que escutamos desde crianças. Eu entendo que eu caia nessa de vez em quando, mas tento sair o mais rápido possível. Então é assim, nada de adversativa, nada de "apesar de gordinha, sou linda".
Sou linda ponto final e você? Vai me dar a mão nessa?
4 comentários:
Como você bem disse, a gente aceita as diferenças nos outros e se condena por não ser perfeita. Como é difícil olhar no espelho e pensar "sou linda", sem nenhum "mas, apesar de, bem que podia..."
É, meninas, é difícil mesmo, mas acho que é bom continuar tentando, because we can do it ;)
Isso de amor próprio e autoaceitação é tipo física/química: a gente decora a fórmula, mas não consegue aplicar na vida (ou pra gente). Mas... we can do it :)
não há quem não se identifique, mas essa luta é diária. we do it!
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