25 de setembro de 2012

Em carne, osso e abraço


Cheguei no momento em que sinto falta da companhia de alguém, e não falo de homem/sexo/namorado, mas falo da companhia de um amigo ou amiga mesmo, de alguém que me acompanhe, que queira sair comigo e que eu sinta que posso contar. Uma pessoa que, de repente, eu peça, digo que preciso e ela tá ali, presencialmente, corpo presente para me amparar quando eu quase cair, eu faria o mesmo.

Os motivos são diversos e não existe uma culpa instaurada, são apenas fatores que conduzem a isso. Uns namoram e vivem suas vidas em parceria exclusivamente, alguns não têm tanto em comum comigo, com outros houve um afastamento natural, a vida corrida, atribulada e por aí vai. Ninguém tem culpa, é a vida. Mas eu tenho sentindo falta, bastante.

Não sei o que é mais difícil, perder amigos no decorrer da vida ou tentar fazer novos, afinal, onde se conhece gente nova? De verdade? Não sei, não sei mesmo.

A sensibilidade tá tão forte que nem tô conseguindo fingir auto-suficiência, desculpaê. Logo isso passa.

6 de setembro de 2012

Errata 2


er.ra.ta
sf (lat errata, pl de erratum) 1 Erro em uma obra impressa, descoberto após a impressão e indi­cado junto com a correção em uma página sepa­rada, encartada no começo ou no fim da obra. 2 Lis­ta de tais erros ou página que a contém; corrigenda.

Queria te publicar como uma errata das minhas últimas escolhas.
Uma página separada, listando quais os erros feitos, mas no caso, sem as correções relacionadas.

5 de setembro de 2012

Uma balinha e um bom dia


Ontem, no ônibus a caminho da terapia, eu estava ouvindo Clarice Falcão, aquela música que ela canta que o coração inventou de sapatear, acho uma graça, embora eu me identifique mais pelo questionamento da loucura.

Estava lá, pensando na loucura e no que falar para minha psicóloga daí entrou um homem no ônibus, descabelado, com a roupa meio suja e sentou ao lado da janela, antes da catraca. Atrás vinha uma senhora, o assento ao lado dele era o único vago, ela foi até ele, o olhou e não sentou. Ela saiu de perto e ficou mais longe possível.

Eu fiquei obviamente sem reação e também, não sei qual eu poderia ter. Mas me senti triste, não quero parecer piegas, mas é desolador ver as pessoas se evitarem dessa forma. Eu não sou a pessoa mais sociável que existe, mas achei a cena toda surreal.

No outro ponto entrou uma senhora, deu boa tarde para o motorista, para o cobrador e deu aquele sorriso bonito de "vózinhas" e sentou ao lado do homem, mas antes pediu licença e também disse boa tarde. Ele apenas acenou com a cabeça. A viagem continuou e dois pontos depois a senhora levantou para descer. 

Mas antes ela foi até a catraca, deu uma bala para o cobrador, agradeceu e disse boa tarde. Deu outra bala para o homem que estava sentado ao lado dela e finalizou da mesma forma com o motorista. Uma balinha, obrigada e boa tarde.

Ao ver aquilo me senti tão feliz quanto se tivesse ganhado uma balinha também. Tô brega? Nem ligo, me deu um calorzinho de humanidade ver aquilo, me fez bem.

Quer uma balinha? Bom dia pra você ^^

3 de setembro de 2012

Não é choro, é sono.

Você tá chorando quietinha no quarto, ouvindo músicas de despedaçar o coração e a pessoa entra sem avisar. Qual a reação mais coerente?

( ) falar que não tá muito bem, mas que logo vai ficar.
( ) tentar contar o motivo do choro.
( ) começar a bocejar loucamente para tentar convencer que o motivo das lágrimas é sono.

Preciso dizer qual minha opção?

É, pois é.

Vou ler Crime e Castigo para ver se a noite fica mais leve.