15 de janeiro de 2013

A terça-feira e o coração


Hoje aconteceu algo bem bacana, algo que eu estava esperando e que venho pensando/planejando já tem tempo. Daí que tá dando certo e quando eu soube, meu primeiro pensamento foi querer contar para a pessoa mais errada de todo o mundo. Para aquela que eu não deveria, para aquela que causou uma série de problemas nos últimos dois anos, para aquela que me machucou, tudo isso porque eu deixei, não existe isenção de culpa depois de 30 anos na cara, mas enfim, a pessoa errada.

A diferença é que não estou triste dessa vez, tanta coisa já passou que eu consigo reconhecer a previsibilidade de todo o ato. Já é quase mecânico, já não é tão legal, e mesmo assim eu quis contar e porquê? Penso se me mantenho nisso por costume, pela falsa sensação de importância que às vezes, e ultimamente é bem às vezes, que eu sinto com essa situação. Uma migalhinha que eu tô comendo, talvez por não ter nada melhor, talvez por estar entediada, talvez porque o gostar platônico, aquele que nunca vai acontecer, também nunca vai acabar. Tem um tipo de segurança torta nessa relação, um tipo de previsibilidade, quase uma Telesena que, de meia em meia hora, mostra os resultados, é uma falsa estabilidade desenhada pelo o que já é conhecido.

Mas tudo okay, eu tô bem feliz mesmo assim, com meus planos e com minhas epifanias das terças-feiras.


Para celebrar, para ser clichê, para aproveitar que ainda é terça.


Só acredito no avião
Eu acredito no relógio
Acredito no coração

3 comentários:

Antônio LaCarne disse...

Milla, incrível como cedo ou tarde a gente aprende a lição que as barras da vida ensinam.

:)

Milla disse...

Realmente, Antônio, aprendemos. Ainda bem, né? :)

Marcelo Augusto disse...

Moça, nós contamos pra que existamos. Alguém precisa testemunhar a nossa existência, seja certa ou errada - a nossa existência ou a testemunha. Sem espectadores, somos apenas fantasmas vagando pelo palco; nunca chegamos a realmente existir. Sem testemunhas, ao morrermos, teremos sido apenas assombração.