12 de fevereiro de 2008

E no fim...

Acredite que confio em tudo e tenho um bom coração, mesmo eu dizendo o contrário a todo instante.

Acredite na minha bondade, ainda que no fundo você saiba que não sou tão boazinha assim. Que talvez eu não salvasse uma vida pelo prazer de ver alguém que eu ache justo sofrer a morte.

Acredite quando afirmo que quero mudar, mas não junto com a nova tendência e sim do meu jeito.

Acredite que esse negócio de fazer o bem vai mudar o mundo sem possibilidade de retorno.

Acredite na marginalidade. Na margem com os mal humorados, com os equivocados e na margem dos seus pensamentos. Sempre foi o meu lugar, porque no fim, eu não consigo habitar o mundo nessa versão rosa que vem sendo disseminada por ai.

3 comentários:

Yuri Kiddo disse...

rosa enjoa. Exceto se estiver no lugar certo, como pintada num ipê. Mas você tornará tudo preto, dama vellocet. *só pra rimar*

De Lancret disse...

guarde o rosa para a calcinha.

e não precisa mudar. seja o que é e deixe a tendência passar. porque elas vão e voltam, mas você sempre fica.

nada como um pretinho básico e chique! =)

=***

Ogami disse...

Guarde o mundo rosa para as flores.
Eu prefiro jasmim.
Já a mim muito me convem saber também que assim como sem..pré-acontece.
A margem de nós sempre cresce, outras margens tendem a alargar.
E por fim nem tudo são louros, e os louros nem todos nazista e os papagaios só fazem imitar.
Me despeço do mundo, verde, amarelo, rosa, deixo-me ir embora.
sem a porta trancar.
Gostei muito do texto, me desculpe a falta de jeito, mas hoje acordei com o pensamento encadeado em rimar.
E essa chave também não possuo, e as mãos me deixam mudo.
E não falo quando devia calar... mas debaixo das rimas simplistas, há um comentário real e muito apreço por esse lugar.
Um abraço pro grande Toad que ainda desconheço, fato esse que por muito não deve perdurar.