18 de maio de 2014

O preço

"Melhor não contar a verdade, vai por mim!"

Essa é uma das coisas que cresci ouvindo e ainda escuto, mas eu simplesmente me nego a acreditar. Já perdi a conta de quantas vezes eu fui chamada de romântica, de babaca e de ingênua por discordar.

Eu entendo que em determinado momento da vida todo mundo fica meio cínico, rola uma descrença e uma decepção, eu sei que isso acontece, mas eu só consigo suportar a ideia de que isso seja uma fase, não sou capaz de acreditar que é possível viver assim. Eu não sei mentir, eu nunca fui boa nisso, mentir me cansa demais, a verdade é menos trabalhosa.

Eu nunca namorei muito, eu ainda me confundo, eu faço merda e, frequentemente, sinto que coloquei tudo a perder, sobretudo quando eu desafio a regrinha torta lá de cima.

Porque para tudo tem um preço, inclusive quando você tenta não seguir a fórmula que te ditam há 32 anos, o preço pode ser medo, muito medo e uma sensação recorrente de que você está totalmente errada por optar por outro caminho, que na verdade "you know nothing, jon snow".

O preço pode ser chorar, sentir culpa e terminar com dor de cabeça num final de domingo. Mas foi escolha minha, né?

Um comentário:

Cláudia disse...

Há que arriscar, né?