17 de setembro de 2013

História na pele

Quando passo por momentos marcantes na minha vida, eu me tatuo. Não tinha percebido esse padrão, mas ele existe. Eu fiz uma orquídea, simbolo de feminilidade, quando terminei um namoro longo que me deixou insegura acerca do meu poder de sedução e outras coisas. 

Eu tatuei uma homenagem aos meus gatos mortos quando percebi que por um bom tempo não poderia mais ter gatos. Eu desenhei um coração quando aprendi que demonstrar sentimentos não é sinônimo de fraqueza e para lembrar de manter meu amor próprio. 

Risquei minhas duas coxas com mariposas/borboletas que simbolizam "vida" e "muerte", quando percebi uma complementa a outra, e que é preciso enfrentar os medos, eu tenho medo de mariposas para quem não sabe. A tattoo que simboliza a "vida" foi a que mais doeu, de todas que tenho, foi a mais dolorida, acho isso irônico. A vida dói, mas ela é linda.

Agora eu cheguei num novo momento, tem alguma coisa acontecendo comigo, um processo de conhecimento e aceitação de quem eu sou que parece muito forte, como nunca senti. É bacana, mas requer esforço e coragem, assim como minha próxima tatuagem.

Para muitas pessoas são apenas desenhos, para outras uma forma de chamar atenção, pra mim é parte do meu aprendizado e das mudanças que passei. É marcar minha evolução na pele, é não me deixar esquecer de quem eu sou.




Um comentário:

Deh disse...

Lembra daquele filme, "Memento"? (Acho que "Amnésia" - agora que tô pensando na diferença entre os dois títulos...caramba) o cara ia tatuando as pistas que tinha sobre a mulher pelo corpo, pra se lembrar.

Gosto dessa ideia das tatuagens como símbolos, lembretes. Le,brar o que importa. As minhas 3 são assim. Fim do ano tem mais uma, e depois mais uma mais uma. A árvore pra lembrar do que me manteve de pé quando precisei, a fênix pra eu olhar no espelho e ver que o mais importante é renascer, levantar, as sapatilhas pra lembrar do que já fui.

Vamos marcando, desenhando, lembrando.


:*