20 de maio de 2013

A bola da resignação


Eu vou ter que gastar com algo que não tinha planejado, um gasto que foge totalmente dos meus planos e que vai me desestruturar além do que queria. Minha primeira reação foi querer chorar, a segunda foi querer chorar mais ainda, a terceira foi chegar em casa emburrada, como se fosse culpa de alguém e deitar na cama chorando baixinho, sem jantar, sem fazer nada, apenas dormir, quem sabe a coisa se resolvesse sozinha.

Daí eu acordei e tava tudo igual, então a quinta reação foi ligar na Central do serviço que eu pago e que me fodeu, liguei para tentar entender porque eu tenho que pagar por algo que jurava estar incluso. Entendi.

A sexta reação ainda foi querer chorar, a sétima foi abrir minha planilha de gastos mensais e ter uma real ideia do quanto eu vou me foder. A sétima reação, a mais madura, foi a de perceber que não tenho saída. Que não importa o quanto eu choramingue, o quanto eu me jogue na cama de maneira dramática, o quanto eu sofra, nada vai mudar. Não tem quem vá resolver por mim, não tem quem vá pagar por mim. Tem apenas a primeira pessoa do singular.

A oitava reação foi perceber que a idade chega para todo mundo, mas a maturidade, essa daí só chega quando você aprende a se resignar perante umas merdas. É a vida falando "te vira e se segura, a bola tá contigo, porque aqui não morreu e, se for para morrer aí, que seja com você matando".

Okay, vamos lá aceitando e matando problemas. Boa sorte, certo? Então tá.


3 comentários:

Milla disse...

Obrigada, Deh ;)
Beijo!

milena disse...

é aquela coisa, né... tem vez que a gente tem que meter o pé na porta e dizer bem alto: eu resolvo essa porra sozinha.
sorte,
;*

Renata disse...

todos os estágios antes de respirar e resolver, né? :/